domingo, 11 de outubro de 2015

7 Motivos para nunca mais votar no PT!

O PT se dizia a solução de todos os nossos problemas.  Iria resolver tudo.  O que aconteceu em quase 13 anos de PT?

1. A EDUCAÇÃO - está pior do que era com o FHC.  Não que tenha melhorado no período do FHC, mas com o PT as escolas públicas passaram de escolas ruins para escolas que formam analfabetos funcionais.  Muitos irão dizer que isso é responsabilidade dos governos estaduais e municipais, mas não só o governo federal tem o MEC e o ministério da educação (que só servem para atrapalhar e jogar dinheiro fora), como disse ter a solução para a educação.  De lá para cá, só piorou.

2.  SAÚDE: Mais um compromisso do PT.  Em quase 13 anos, os problemas são exatamente os mesmos. Os médicos brasileiros continuam mal remunerados. Os hospitais continuam sucateados.  Continua faltando equipamento. A única coisa que o PT fez de notável foi enviar dinheiro para a família castro com o pretexto de melhorar a saúde pública.  Passou por cima de quaisquer regulamentações impostas até mesmo a cidadãos brasileiros diplomados no exterior.  Tudo para enviar dinheiro à ditadura cubana.  A saúde pública está pior hoje do que há 13 anos.

3. SEGURANÇA PÚBLICA. Na minha adolescência vi o início dos arrastões. Eu estava na praia de Copacabana durante o primeiro arrastão.

4. Bolsa-Família - Ah, será que pelo menos aqui o PT fez alguma coisa certa?  NÃO! Se pararmos para pensar, mesmo sem uma análise profunda, veremos que o probrama é uma grande mentira para enganar as pessoas mais pobres.  Se o governo dá com uma mão, ele tira com a outra.  Essas mesmas pessoas que votam no PT por que precisam do bolsa-família são as maiores prejudicadas pelo imposto sobre o consumo e também pela inflação.  O governo gasta demais e precisa arrecadar. Ele faz isso extorquindo a população e desvalorizando a moeda.  Mesmo os recipientes do bolsa-família pagam muito mais ao governo do que recebem em benefício.  Na época do FHC, o equivalente ao bolsa-família girava em torno dos R$150. Hoje, ele dobrou.  O problema é que o poder aquisitivo de R$ 300 hoje é equivalente à R$ 60 na época do FHC.

5. PETROBRÁS - Uma das maiores críticas dos petistas à gestão FHC.  Diziam que o FHC iria privatizá-la, que iria acabar com a Petrobrás.  Mas quem fez isso foi o PT.  A Petrobrás deixou de ser uma empresa respeitada no mundo todo por sua tecnologia e passou a ser conhecida como a empresa mais endividada e mais corrupta do mundo.  Passou a ser uma empresa gerida por bandidos.  Todos os contratos eram superfaturados.  Propina passou a ser uma regra na empresa.  Até hoje não foi possível quantificar todo o valor que foi roubado da empresa entre superfaturamentos e propinas.  Hoje, a dívida da empresa passa dos R$ 500 bilhões.  Ao povo brasileiro, restou a conta.  E dizem que o petróleo é nosso.  Na verdade, o petróleo é do PT.  Se tivesse sido privatizada, esse prejuízo (se acontecesse) seria dos acionistas e não do povo brasileiro.  Todos os cidadãos tem que pagar para encher os cofres do Partido dos Trabalhadores e seus representantes comissionados na empresa.

6. ENERGIA e ÁGUA - Muitas críticas foram feitas à gestão de energia no governo anterior ao petista. Hoje em dia, continuamos tendo apagões, continuamos racionando água.  O que mudou?  O valor da conta.  O aumento na conta de água e luz foi muito acima da inflação.

7. ECONOMIA - Além usar indevidamente o dinheiro dos contribuintes, o PT foi além.  Tentou implementar no país uma política econômica baseada no incentivo ao crédito e na escolha de campeões nacionais.  A Nova Matriz Econômica, como muitos chamaram, não tinha nada de novo. Era a mesma fórmula fracassada em tantos outros lugares do mundo. O incentivo ao crédito injetou mais dinheiro na economia sem haver aumento real de produção.  Tudo que o governo fez levou a maiores pressões inflacionárias.  A inflação nunca chegou a ser baixa no Brasil. Saímos da hiperinflação para a inflação em regime de metas.  Foi uma melhora.  O brasileiro passou a poder economizar e até mesmo comprar coisas à prazo, pois seu dinheiro não evaporava com tanta velocidade.  Isso elevou o padrão de vida do povo e tirou muita gente da miséria.  Isso acabou.  O poder aquisitivo do povo já não existe.  A política de campeões nacionais formou uma elite de empresários que enriqueceram investindo dinheiro do contribuinte em suas empresas. O BNDES emprestou dinheiro subsidiado para bancar a farra.  O problema de Moral Hazard nunca ficou tão evidente.  O que aconteceu com a OGX foi emblemático dessa mentalidade.  Por que um empresário terá cuidado ao investir dinheiro que não é dele?  Qual o lado negativo para ele? A resposta é que não há um lado negativo para o empresário.  Se o investimento não der certo e ele falir, não perdeu seu próprio dinheiro.  Se o investimento der certo, ele terá muito menos a pagar do que se tivesse que pegar o dinheiro em um banco privado.  A diferença quem paga somos nós.  Se as taxas de juros são proibitivas ao investimento, mais uma vez o responsável é o governo.  Se os gastos públicos fossem controlados e o governo não gastasse mais do que arrecada tanto a inflação como as taxas de juros não seriam problema para nenhum cidadão ou empresa.

Em qualquer área para onde olhamos, só vemos dinheiro sendo jogado fora em má gestão ou roubado para enriquecer os companheiros petistas.  Em quase 13 anos do PT, o governo melhorou a vida do PT e de seus partidários.  Mais ninguém.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A independência do Brasil


Em 7 de setembro comemoramos o dia da independência.  Saímos da tutela de Portugal para seguirmos o nosso próprio caminho.  O país passou a não mais depender das regras do reinado de Portugal para depender apenas de regras criadas pelo império brasileiro.

Sem dúvida a independência do Brasil foi positiva para o país.  Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil anos antes, o país experimentou uma abertura econômica que de outra forma tardaria a vir.  Formaram-se as instituições que seriam necessárias para o funcionamento do país e abriram-se os portos brasileiros para o resto do mundo.  Quando a família real voltou para Portugal, as instituições e a abertura econômica permaneceram.  Obviamente também foi positivo o fato de não mais ser necessário o pagamento de impostos à Portugal.  Essas mudanças permitiram o crescimento do Brasil e a abertura de inúmeras possibilidades.

O governo brasileiro passava a ser independênde.  Mas o povo brasileiro continuava seguindo regras.  Continuava pagando impostos, apesar de que na época ficaram mais baixos devido à independência.  Imediatamente após a independência, o Brasil ficou com alguns problemas.  A indenização à Portugal não foi pequena.  Talvez possa se dizer que foi necessária para evitar uma guerra maior entre os dois países, mas criou uma dívida do novo governo brasileiro com Portugal.  De lá para cá, o povo continuou sendo governado, ora por militares, ora por civis.  Independente para fazer o que quer da sua vida, o brasileiro nunca foi.  Ao contrário, com os anos, a carga tributária só fez aumentar.  O nível de regulamentação da economia brasileira também cresceu exponencialmente.  Hoje em dia, se uma pessoa deseja vender algo a outra que deseje comprar, não basta o consentimento entre as duas partes.  A burocracia necessária e impostos assolam ambos os lados da transação.  O comerciante paga impostos sobre o salário de quaisquer funcionários que possa ter, paga impostos sobre os produtos que compra para revender, paga impostos sobre seus lucros, e paga o custo de seguir todas as regras impostas.  O trabalhador, por sua vez, não consegue ficar com o fruto do seu trabalho por inteiro.  A maior parte fica com o governo.  Ele paga imposto de renda, paga sindicatos inúteis, paga até entidades certificadoras apenas para exercer a profissão que ele escolheu.   Depois disso tudo, esse trabalhador também paga como consumidor.  No final das contas, ele já não consegue consumir tudo aquilo que deseja, porque o dinheiro fica com o governo.  Se ele não consome, não há necessidade de muitos comerciantes para venderem bens e serviços.  Se não há tantos comerciantes, também não há produção.  E o governo, que depende da expropriação do dinheiro vindo do trabalho, arrecada menos. 

Esse ano passaremos o 7 de setembro em uma graves crises.  Temos no país uma crise ética, com o uso indevido dessa expropriação, que acaba transferida para membros do governo e seus aliados.  Temos uma crise econômica, causada pelas trapalhadas do governo.  E temos uma crise política, que torna a situação dos políticos no poder cada vez mais insustentável.  Ao invés de cortra gastos de forma significativa, o governo começa a procurar formas de aumentar impostos. É uma tentativa de apagar um incêndio jogando gasolina.  Pelo que parece, não há nenhuma indicação desse governo de fazer mudanças positivas para o país.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A Imoralidade do Salário Mínimo

O salário mínimo é um dos tópicos mais discutidos na política.  Infelizmente, nunca é discutido em termos econômicos, mas sim de forma demagógica.  É como se fosse possível aumentar o salário mínimo infinitamente, até que todos recebessem o suficiente para comprarem um carro bom, um apartamento na zona sul, e ainda pagarem todos os impostos.  Argumentam que o salário mínimo é desejável para diminuir a desigualdade social, quando na verdade, ele não faz nada nesse sentido.  Se um salário mínimo é a resposta para todos os males, por que não um salário mínimo de R$ 5.000?  Com o custo de vida hoje em dia, esse seria um salário mínimo digno.  Ou será que as pessoas que defendem o aumento do salário mínino não acham que o trabalhador merece esse valor?  O fato é que o salário mínimo é uma distorção.  Ele vai contra o livre mercado da mesma forma que uma pessoa que salta acha que pode desafiar a gravidade.  O meu objetivo aqui é mostrar porque estabelecermos um salário mínimo, por mais nobre que se pareça, é, na verdade, imoral.

Pelo ponto de vista cultural, vivemos em uma sociedade na qual um número significativo de pessoas demonizam o lucro.  Acham que o empresário bem sucedido tem que dividir seus lucros.  Muitas dessas pessoas falam até em limites ao lucro, como foi feito na Argentina.  Esse tipo de pensamento leva, certamente, ao colapso total da economia.  Mas isso é assunto para outro post.  Que mal há em oferecer um produto ou serviço que agrega valor para as pessoas?  Se esse empresário não conseguir agregar valor para a sociedade na forma dos seus produtos ou serviços, certamente não será bem sucedido. Mas se ele agrega valor, é o lucro que motiva o investimento.  Se queremos uma classe empresarial ativa, que empregue um maior número de pessoas, temos que entender que o lucro é essencial.

A desigualdade social não é necessariamente ruim.  Sempre haverão pessoais mais ricas e pessoas mais pobres.  É a natureza do capitalismo.  Nós já vimos que em todas as vezes que se implementou o socialismo, o que acontece é que todos acabam pobres, à excessão da elite política.  O capitalismo é o único sistema que permite que as pessoas sejam livres.  É o único sistema que permite a ascensão social, onde uma pessoa que nasce pobre pode se tornar rica. Mas jamais teremos uma sociedade na qual todos são ricos.  A principal preocupação da sociedade não deveria ser acabar com a desigualdade, mas sim garantir que os mais pobres também tem condições de vida dignas.  O salário mínimo em 1995 era de R$100, no entanto, segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas, houve uma redução de 18,47% na quantidade de miseráveis no Brasil entre 1993 e 1995.  Isso ocorreu devido ao sucesso do Plano Real.  A moeda forte trouxe a melhoria na vida das pessoas.  O salário mínimo, apesar de baixo, tinha um poder aquisitivo maior devido ao término da hiperinflação.

Vamos aprofundar um pouco mais o ponto de vista econômico.  De fato, aumentar o salário mínimo espremerá o lucro dos empresários.  De fato, os trabalhadores que mantiverem seus empregos receberão um salário maior.  Como diria Bastiat, isso é o que se vê.  Mas tem muito mais do que isso em jogo.  A economia brasileira é formada, em sua maioria, de pequenas empresas e microempresários.  Nem todos os empresários chegam a riqueza de um Abílio Diniz.  Nem todos tem o sucesso internacional do João Paulo Lemann.  E nem todos tem os contatos dentro do governo para conseguir os financiamentos que o Eike Batista conseguiu do BNDES.  O fato é que as empresas menores são as maiores prejudicadas pelo salário mínimo.  Quando o salário mínimo fica tão alto que atinge de forma significativa o lucro das grandes empresas, elas conseguem de uma forma ou outra automatizar aspectos da sua produção ou serviço.  Nós vemos o exemplo do McDonald’s.  Nos EUA e na Europa, já é possível fazer o pedido sem nenhuma interação humana.  O cliente se aproxima de um computador, escolhe o seu pedido, e ele já é lançado para quem está na cozinha.  As empresas pequenas não tem esse capital para investir.  Em ambos os casos, o resultado não é bom para o trabalhador.  A princípio, ele pode estar feliz que ganhará um salário maior.  Mas isso só acontecerá se ele for um dos sortudos que conseguirem manter o emprego.  A cada aumento do salário mínimo, fica mais difícil para a economia conseguir gerar mais empregos, pois os empresários que gostariam de investir mais no seu negócio já não tem dinheiro para contratar mais pessoas.  E a população não para de crescer.

É aí que vem o aspecto imoral do salário mínimo.  Vamos pensar no que é o salário em si.  O salário é uma compensação por serviços prestados.  É um contrato entre empregado e empregador, no qual um precisa do outro.  Sendo assim, a demanda dos empregadores por trabalhadores e seus salários não é diferente da demanda dos consumidores pelos produtos ou serviços prestados por determinada empresa.  Quanto maior a demanda por trabalhadores, mais altos serão os salários.  No lado o posto, quanto maior a oferta de trabalhadores, menor será o salário.  Assim, o mercado determina os preços ou salários.  Quando o governo estabelece um mínimo que deve ser pago ao trabalhador, ele está excluindo algumas pessoas da força de trabalho.  Essas pessoas talvez conseguissem um emprego por um salário mais baixo, e assim poderiam sustentar as suas famílias.  É possível que o número total de pessoas que perderam o emprego ou que deixaram de conseguir um emprego ainda esteja dentro do que o governo considera um número aceitável.  Mas aí vem a pergunta, quem no governo se julga capaz para escolher quem tem o direito de trabalhar ou não?  Qual burocrata tem a moral para dizer quais trabalhadores merecem trabalhar?

Em seu blog online no jornal The New York Times, no dia 27 de agosto de 2014, o prêmio Nobel de economia Paul Krugman comenta brevemente sobre o salário mínimo.  Mais especificamente, ele comenta o caso da França, que exclui os mais velhos da força de trabalho através de programas de previdência e exclui os mais novos, em parte devido ao alto salário mínimo.  Não vou me alongar nesse momento sobre os programas previdenciários públicos da França.  Se os cidadãos não reclamam de pagar os impostos cada vez mais altos para sustentar a previdência pública, eles tem essa prerrogativa.  Resta saber se o sistema previdênciário se sustentará quando a dívida pública da França trouxer problemas maiores.  Talvez fosse mais viável um sistema privado de previdência.  Mas o foco aqui é o salário mínimo.  Paul Krugman, em toda a sua arrogância, acha louvável o aumento do salário mínimo, admitindo em seu blog que isso exclui os mais jovens da força de trabalho.  Exclui também os menos experientes.  São os empregos com baixos salários que preparam os jovens e os ensinam abilidades e o convívio que será útil mais a frente.


Nem Paul Krugman, nem Dilma Rouseff, nem qualquer outra pessoa deveria ter a prerrogativa de escolher quem tem o direito de trabalhar ou não.  Se um jovem deseja trabalhar, não deveria ser excluido por políticas públicas. O valor do salário deve ser um contrato entre a empresa e o empregado.  Não devemos esquecer quem são os vilões dessa história.  Se o trabalhador não consegue ir ao mercado no Brasil e comprar o que necessita, é porque permite que o governo desvalorize a moeda através da inflação e ainda por cima aceita altos impostos sobre o consumo. Quanto mais alto o salário mínimo, mais pessoas serão excluídas da força de trabalho. Essas pessoas ficarão dependentes de programas do governo, como o bolsa-família, ou migrarão para o trabalho informal, onde não há qualquer mínimo.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A Importância do Mercado Financeiro

Regulamentação, Inflação, e Juros

Parece uma coisa óbvia, mas o governo brasileiro não parece entender o quanto o mercado financeiro é importante para o desenvolvimento do país.  Mas há muitos fatores envolvidos.  Para que o país cresça, é necessário que haja investimento privado.  Para os empresários investirem, criando empregos e estimulando a economia, é necessário que eles corram certos riscos.  É aí que entra o mercado financeiro.  Empresários nem sempre terão o valor necessário para o investimento que precisam fazer. Um mercado financeiro bem desenvolvido possibilita aos investidores o acesso aos fundos que eles precisam para investir.  Mas o que compõe um sistema financeiro saudável?  Como o mercado financeiro vem a se tornar bem desenvolvido?  Podemos citar muitas coisas como componentes desejáveis para um mercado financeiro.  Mas eu considero algumas coisas como imprencindíveis para o desenvolvimento do mercado financeiro.  É necessário termos regras clares e estáveis, para que todos os investidores saibam o que esperar e entendam como se comportar.  Precisamos de condições econômicas estáveis, com baixa inflação e moeda forte.  E também é importante que as taxas de juros estejam de acordo com as expectativas do mercado, e não com os desejos e necessidades do governo.

Os Estados Unidos são hoje a maior potência mundial porque tinham um ambiente propício a negócios.  Qualquer pessoa poderia engajar em qualquer tipo de negociação com outra, sem muita interferência do governo.  O desenvolvimento do mercado financeiro nos EUA é reflexo disso.  Com os anos, isso foi mudando.  Mas houve um impacto na cultura do povo.  As pessoas não tem tolerância para contantes altas nos preços, apesar de que nem todos estão atentos à inflação na quantidade de moeda.  A grande maioria dos americanos está, em uma forma ou outra, exposto ao mercado financeiro.  Os trabalhadores tem planos de aposentadoria repletos de ações das mais diversas companhias.  Quem compra casa precisa qualquer tipo de financiamento, também não encontra dificuldades.  As regras do jogo ainda são claras!  Apesar do aumento considerável na quantidade de regulamentação durante os anos, ainda é um país onde as pessoas tem confiança de que se pode investir.  O economista e pesquisador Patrick McLaughlin da George Mason University revelou, em sua pesquisa, que a quantidade de regulamentação nos EUA aumentou dezoito vezes, entre 1950 e 2013.  O Brasil não fica atrás.  É um país de leis desnecessárias e excessívas.  Se nos EUA, é estimado que um aumento de 10% em regulamentações causa um impacto negativo de 0,5% sobre o crescimento do PIB, podemos imaginar o quanto as regulamentações brasileiras atrapalham o nosso crescimento.  Para que o mercado financeiro e o país possam se desenvolver as regras devem ser poucas e claras.

Nós brasileiros estamos acostumados com uma realidade que poucos países desenvolvidos viram – a realidade da inflação!  E para o Brasil, ainda foi pior: nós vivenciamos a hiperinflação! Um europeu ou um americano dificilmente entenderá o que é correr na frente do funcionário do mercado antes que ele remarque o preço do produto que você quer comprar.  Mesmo as gerações mais jovens no Brasil não sabem o que é isso.  O impacto desse descontrole não fica restrito às compras do mês.  Mesmo uma inflação de 6% ao ano já causa um impacto no mercado financeiro.  A moeda não inspira confiança, as pessoas procuram investimentos menos arriscados.  Cria-se a cultura de bens físicos e não financeiros.  As pessoas compram apenas apartamentos, fazendas, ou até mesmo carros, pois com a inflação, esses bens parecem investimentos.

Com a inflação, vem outro problema – as taxas de juros.  Taxas de juros muito baixas causam negligência.  Alguns investidores acabam investindo de forma irresponsável.  Muitos negócios são abertos sem a análise correta de sua viabilidade.  Investimentos malfeitos acabam quebrando por si, mesmo sem interferência de outros fatores.  Nesses casos, acaba havendo um excesso de liquidez na bolsa de valores.  Infelizmente, simplismente não há lugar para todas as idéias.  Umas são boas, outras não.  Por outro lado, as taxas de juros muito altas impossibilitam o investimento.  Torna-se muito caro para os empresários tomarem dinheiro emprestado junto ao banco.  Da mesma forma, captar dinheiro no mercado financeiro fica inviável, pois os investidores migram para produtos de renda fixa, que são mais seguros e pagam bem. 

Por isso nós vimos um crescimento explosivo nos investimentos em bolsa de valores no Brasil a partir da entrada do Plano Real.  Uma moeda considerada forte e condições econômicas favoráveis possibilitaram esse desenvolvimento.  O Brasil cresceu, mas parou.  Agora nos vemos diante de uma situação caótica.  O país está sofrendo com um excesso de regulamentações e a inflação está fora de controle.  A meta de inflação do Banco Central de 4,5% já pode ser considerada muito alta.  O governo não consegue mantê-la abaixo do topo da meta, de 6,5%.  O BNDES subsidia empréstimos a investimentos de qualidade duvidável, o que aumenta a probabilidade de quebra desses negócios.  Para que o Brasil possa crescer, é necessário que o governo saia do caminho, pare de gerar inflação com seus gastos excessivos, pare de tentar microgerenciar a economia.  Acima de tudo, é necessário que a taxa de juros seja natural.  Como o juro é o custo do dinheiro, ele deve ser determinado pela oferta e demanda, como todos os outros produtos na economia.  Só assim o Brasil crescerá!