segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A independência do Brasil


Em 7 de setembro comemoramos o dia da independência.  Saímos da tutela de Portugal para seguirmos o nosso próprio caminho.  O país passou a não mais depender das regras do reinado de Portugal para depender apenas de regras criadas pelo império brasileiro.

Sem dúvida a independência do Brasil foi positiva para o país.  Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil anos antes, o país experimentou uma abertura econômica que de outra forma tardaria a vir.  Formaram-se as instituições que seriam necessárias para o funcionamento do país e abriram-se os portos brasileiros para o resto do mundo.  Quando a família real voltou para Portugal, as instituições e a abertura econômica permaneceram.  Obviamente também foi positivo o fato de não mais ser necessário o pagamento de impostos à Portugal.  Essas mudanças permitiram o crescimento do Brasil e a abertura de inúmeras possibilidades.

O governo brasileiro passava a ser independênde.  Mas o povo brasileiro continuava seguindo regras.  Continuava pagando impostos, apesar de que na época ficaram mais baixos devido à independência.  Imediatamente após a independência, o Brasil ficou com alguns problemas.  A indenização à Portugal não foi pequena.  Talvez possa se dizer que foi necessária para evitar uma guerra maior entre os dois países, mas criou uma dívida do novo governo brasileiro com Portugal.  De lá para cá, o povo continuou sendo governado, ora por militares, ora por civis.  Independente para fazer o que quer da sua vida, o brasileiro nunca foi.  Ao contrário, com os anos, a carga tributária só fez aumentar.  O nível de regulamentação da economia brasileira também cresceu exponencialmente.  Hoje em dia, se uma pessoa deseja vender algo a outra que deseje comprar, não basta o consentimento entre as duas partes.  A burocracia necessária e impostos assolam ambos os lados da transação.  O comerciante paga impostos sobre o salário de quaisquer funcionários que possa ter, paga impostos sobre os produtos que compra para revender, paga impostos sobre seus lucros, e paga o custo de seguir todas as regras impostas.  O trabalhador, por sua vez, não consegue ficar com o fruto do seu trabalho por inteiro.  A maior parte fica com o governo.  Ele paga imposto de renda, paga sindicatos inúteis, paga até entidades certificadoras apenas para exercer a profissão que ele escolheu.   Depois disso tudo, esse trabalhador também paga como consumidor.  No final das contas, ele já não consegue consumir tudo aquilo que deseja, porque o dinheiro fica com o governo.  Se ele não consome, não há necessidade de muitos comerciantes para venderem bens e serviços.  Se não há tantos comerciantes, também não há produção.  E o governo, que depende da expropriação do dinheiro vindo do trabalho, arrecada menos. 

Esse ano passaremos o 7 de setembro em uma graves crises.  Temos no país uma crise ética, com o uso indevido dessa expropriação, que acaba transferida para membros do governo e seus aliados.  Temos uma crise econômica, causada pelas trapalhadas do governo.  E temos uma crise política, que torna a situação dos políticos no poder cada vez mais insustentável.  Ao invés de cortra gastos de forma significativa, o governo começa a procurar formas de aumentar impostos. É uma tentativa de apagar um incêndio jogando gasolina.  Pelo que parece, não há nenhuma indicação desse governo de fazer mudanças positivas para o país.